Axis Wellness Club

Papel preventivo do exercício no surto de SARS-CoV-2 (COVID-19)

Numa altura em que enfrentamos em toda a Europa uma segunda vaga da pandemia, vários estudos recentes realçam  a importância do exercício físico como uma estratégia para melhorar a saúde geral da população, assim como para minimizar os efeitos mais graves desta infeção.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos Estados Unidos, pessoas com condições médicas, que incluem obesidade, doenças cardíacas e diabetes, têm maior risco de resultados mais graves de COVID-19.

Um estudo do Reino Unido relacionou obesidade, tabagismo e sedentarismo com a necessidade de internamento hospitalar por COVID-19.

Um artigo publicado na Frontiers in Physiology assinalou evidências que indicam a atividade física e o exercício como uma estratégia para melhorar a saúde e minimizar os efeitos do COVID-19.

Os autores destacam as três maneiras principais pelas quais a atividade física pode ser protetora contra as infeções:

1. Os exercícios que aumentam o gasto de energia podem ser uma estratégia eficaz para perder peso.

2. A aptidão cardiorrespiratória está ligada à redução da gordura visceral (ou depósitos de tecido adiposo ao redor dos órgãos internos), e níveis mais baixos de aptidão física podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

3. A inatividade está associada ao comprometimento da saúde metabólica, incluindo resistência à insulina, aumento da gordura visceral e diminuição da massa muscular. Os autores observam que, de acordo com as diretrizes, 150 minutos de exercício físico moderado por semana podem diminuir a prevalência de síndrome metabólica.

Além disso, é realçado que o exercício está inversamente associado à inflamação, o que é importante, visto que uma intensa resposta inflamatória caracteriza o COVID-19. Estudos têm mostrado que certos marcadores inflamatórios (normalmente produzidos de forma massiva quando o sistema imunológico combate uma infeção) tendem a ser mais baixos em pessoas que se exercitam regularmente.

O estudo conclui que 150 minutos de atividade física é um bom objetivo inicial, e devem incluir uma base de treino aeróbico contínuo e de intensidade moderada, devidamente combinado com exercícios de resistência e treinos intervalados de alta intensidade.

De acordo com os autores, “acima de tudo, o exercício fornece vários benefícios para melhorar a saúde do indivíduo, o que também pode ser benéfico para reduzir potencialmente o risco de infeções; este último fator é atualmente muito relevante, considerando a situação da pandemia de COVID-19, que ainda está em curso, e com a ausência de uma vacina.”

A mudança de estação também nos apresenta uma circunstância muito diferente. Nem toda a gente deseja – ou pode – praticar exercício físico ao ar livre sejam quais forem as condições climatéricas. Num contexto de aumento das listas de espera e da suspensão de muitos serviços não urgentes nos hospitais para pessoas com doenças crónicas, manter toda a população em forma e saudável ​​é uma forma vital de evitar que ainda mais pessoas precisem de mais acompanhamento médico.

No AXIS WELLNESS podemos ajudá-lo(a) a encontrar uma solução segura e profissional, para que possa iniciar ou continuar a sua rotina de treino, e possa beneficiar dos múltiplos benefícios que decorrem da prática de exercício físico regular. Para saber mais sobre as nossas condições de adesão clique aqui ou contacte-nos através do nº 258 847 555 (Viana do Castelo) ou nº 258 938 554 (Ponte de Lima).

Referências:

Wang M, Baker JS, Quan W, Shen S, Fekete G, Gu Y. A Preventive Role of Exercise Across the Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) Pandemic. Front Physiol. 2020;11:572718. Published 2020 Sep 8. doi:10.3389/fphys.2020.572718

Hamer M, Kivimäki M, Gale CR, Batty GD. Lifestyle risk factors, inflammatory mechanisms, and COVID-19 hospitalization: A community-based cohort study of 387,109 adults in UK. Brain Behav Immun. 2020;87:184-187. doi:10.1016/j.bbi.2020.05.059

CDC – Centers for Disease Control and Prevention – (EUA)