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O exercício físico no controlo da hipertensão arterial (HTA)

Em 2015, 36% da população residente em Portugal, com idade compreendida entre os 25 e os 74 anos de idade, tinha hipertensão arterial (HTA), revela estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, com base em dados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF). Outro dos resultados indica uma prevalência de HTA estimada mais elevada no grupo etário mais velho (71,3%) e no sexo masculino (39,6%).

Os resultados deste trabalho indicam também que do total de indivíduos com HTA, 69,8% tinha conhecimento da sua situação de saúde e 69,4% referiu ter tomado medicação anti-hipertensiva nas duas semanas anteriores. Estas proporções foram mais elevadas no sexo feminino e aumentaram com a idade.

O exercício físico insere-se no conjunto de medidas a seguir para a prevenção e controlo da HTA. Neste conjunto de medidas não farmacológicas, podem ser focadas outras alterações em hábitos de saúde, como: redução do consumo de sal; moderação de ingestão de álcool; cessação tabágica; alterações na dieta e controlo/redução tanto do peso corporal como do perímetro abdominal.

A indicação de exercício deve ter em conta a história médica atual e anterior, níveis de pressão arterial e presença de risco e/ou patologia cardiovascular.
A American College of Sports Medicine apresenta algumas recomendações para o treino cardiovascular para indivíduos hipertensos: deve ser realizado com uma frequência de três a cinco dias por semana e com uma duração entre 30 a 60 minutos, podendo ser efetuado de forma contínua ou intermitente. O exercício deve ser realizado a uma intensidade de 40 a 70 por cento do VO2 máximo que tipicamente corresponde a valores entre 50 e 80% da frequência cardíaca máxima.

Os exercícios aeróbios devem ser a base da atividade física dos hipertensos. Este tipo de exercício tem efeitos hipotensores diretos após a sessão de treino, bem como vantagens no controlo do peso e diminuição da resistência à insulina nos seus praticantes.

Para além dos exercícios aeróbios como a marcha, corrida e bicicleta, não se pode negligenciar a importância do treino de força no planeamento do treino. Segundo as orientações da American Heart Association, o circuito de exercícios de força deve ser feito com uma frequência de dois a três dias por semana. O circuito deve conter oito a 10 exercícios e devem ser realizadas duas a três séries de 10 a 15 repetições, com a duração de 30 a 60 segundos, utilizando 40 a 60 por cento da repetição máxima (1-RM), uma vez que este tipo de exercício privilegia o número de repetições em detrimento da carga.  Deve haver alternância entre exercícios que trabalhem os membros superiores, o tronco e os membros inferiores. Inicialmente, são sugeridos exercícios que trabalhem os grandes grupos musculares para posteriormente, haver a progressão para grupos musculares menores. A manutenção de uma postura e respiração correta, é imprescindível para a correta execução da atividade física proposta.

O retorno à calma é muito importante em pacientes que tomam anti-hipertensivos: alfa-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio ou vasodilatadores, isto porque é necessário evitar a hipotensão pós-esforço, causada por estes medicamentos.

O exercício físico não se deve limitar apenas ao programa de intervenção terapêutica. Atividades inerentes à rotina diária, devem também ser encorajadas para melhorar a condição cardio-respiratória.

Para mais informações sobre esta e outras patologias, em que o exercício físico atua como coadjuvante terapêutico, assim como para saber o plano de treino mais adequado para si clique aqui ou contacte-nos através do 258 847 555 (Viana do Castelo) ou 258 938 554 (Ponte de Lima)