Maior atividade física associada a menos infeções respiratórias em crianças
É do conhecimento geral que a atividade física é fundamental para a saúde e o bem-estar, mesmo para as crianças. No entanto, investigações recentes concluíram que três em cada quatro adolescentes não praticam exercício físico suficiente.
Agora, um novo estudo descobriu que as crianças que não praticam uma dose saudável de atividade física podem ter maior probabilidade de contrair uma doença respiratória.
A investigação, publicada na Pediatric Research em 24 de janeiro, mediu a atividade física e rastreou sintomas respiratórios em 104 crianças polacas com idades entre os 4 e os 7 anos entre 2018 e 2019.
As crianças usaram uma braçadeira que registou a duração do sono e os níveis de atividade física 24 horas por dia durante 40 dias. Além disso, usando questionários diários, os pais foram apontando quaisquer sintomas respiratórios nos seus filhos, como tosse ou espirros.
Em pesquisas adicionais, os pais relataram outros aspetos da vida dos seus filhos, incluindo vacinas, participação em desportos e exposição a pêlos de animais ou exposição a fumo.
Depois de analisar os dados, a equipa descobriu que as crianças com níveis mais altos de atividade no início do estudo também apresentavam menos sintomas de infeção respiratória nas seis semanas seguintes.
Por exemplo, entre 47 crianças que deram em média 5.668 passos por dia durante as duas primeiras semanas da pesquisa, o número total de dias em que apresentaram sintomas respiratórios superiores durante as seis semanas seguintes foi de 947.
Por outro lado, entre 47 crianças que deram em média 9.368 passos por dia nas semanas iniciais do estudo, o número total combinado de dias em que tiveram sintomas respiratórios durante as seis semanas seguintes foi de 724.
Os autores também descobriram que, a cada aumento diário de 1.000 passos, o número de dias com sintomas respiratórios diminuiu em média 4,1 dias.
Além disso, as crianças que praticavam desporto três ou mais horas por semana pareciam apresentar menos sintomas de infeção respiratória do que aquelas que não praticavam.
Além disso, os cientistas não encontraram associações entre sintomas de infeção do trato respiratório superior e duração do sono, número de irmãos, vacinas ou exposição a pêlos de animais ou tabagismo.
Os autores do estudo suspeitam que níveis mais altos de exercício podem reduzir as citocinas inflamatórias e promover a função das células imunes. Eles também levantam a hipótese de que a atividade física pode ajudar os músculos a libertar moduladores imunológicos específicos. No entanto, mais pesquisas são necessárias para identificar os potenciais mecanismos de modulação imunológica que o exercício promove em crianças.
Ainda assim, eles enfatizam que, devido à natureza observacional de sua investigação, não podem determinar conclusivamente se a alta atividade física causa menos suscetibilidade a infeções respiratórias em jovens.
Contudo, em função dos resultados obtidos, os autores do estudo recomendam que os pais incentivem as crianças a praticar mais atividade física para ajudar a prevenir as infeções do trato respiratório. Recorde-se que a Organização Mundial da Saúde recomenda uma média de 60 minutos de atividade física aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes.
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Referências:
DIRETRIZES DA OMS PARA ATIVIDADE FÍSICA E COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO
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