Benefícios do exercício em meio aquático para diabéticos tipo 2
A diabetes é uma doença crónica que impede que o corpo utilize a glicose adquirida através dos alimentos. A causa desse problema é a falta ou ausência de insulina, a hormona responsável por levar a glicose até as células.
A principal diferença entre os dois tipos de diabetes é a causa da doença. A diabetes tipo 1 é uma doença de origem autoimune, onde anticorpos da própria pessoa agridem as células produtoras de insulina. Apesar de poder vir a ser desenvolvida na idade adulta, normalmente aparece na infância ou adolescência, e por isso é também designada de Diabetes Juvenil. No caso do diabetes tipo 2, há uma grande influência genética agravada pela obesidade e sedentarismo. A diabetes tipo 2 representa cerca de 90% da totalidade de casos diagnosticados e é uma doença que vem aumentando muito nos últimos anos, devido às alterações no estilo de vida, como alimentação inadequada e sedentarismo.
A diabetes tipo 2 é uma doença de elevada incidência na nossa população. Atinge quase 15% dos portugueses, entre os 20 e os 79 anos. De realçar que só cerca de 55% dos diabéticos têm conhecimento da sua doença, daí a importância dos rastreios e da Medicina Preventiva.
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Trata-se de uma doença cujos principais fatores de risco são o excesso de peso/ obesidade e o sedentarismo, tem elevada incidência familiar e é fator de maior incidência de doenças cardiovasculares – Hipertensão Arterial, Doença coronária (Angina de peito Enfarte do Miocárdio) e Doença Cérebro-vascular (AVCs). Não há cura para esta doença, pelo que o objetivo principal é transformá-la numa doença crónica, sem sintomas, através de uma dieta adequada, de uma atividade física equilibrada e, sempre que necessário, de uma terapêutica eficaz de forma a evitar complicações.
Nas situações de excesso de peso ou obesidade, o meio aquático tem um papel fundamental na redução da pressão exercida sobre as articulações, ao atenuar o efeito da gravidade, para além de facilitar o retorno venoso devido à pressão hidrostática. Frequentemente, o doente diabético sofre de alterações neurológicas que se manifestam por perda de sensibilidade nas extremidades do corpo, podendo a fricção da pele com algum tipo de equipamento gerar feridas. Na água, esse risco de fricção está minimizado, pois o corpo está apenas coberto pelo fato de banho, e as extremidades facilmente visíveis. As linhas orientadoras da prescrição de exercício sugerem ainda que as pessoas com diabetes realizem treino aeróbio combinado com treino de força. O meio aquático permite a utilização de grandes grupos musculares de forma contínua e ritmada facilitando o treino aeróbio, assim como cria condições para que se realize um treino de força de forma equilibrada devido à resistência constante. Aliado aos cinco benefícios anteriores está o facto de a água promover um efeito relaxante e sensação de bem-estar, indispensável à continuidade da prática de exercício físico de forma regular.
Resumindo, e segundo as linhas orientadoras da prescrição de exercício, o meio aquático:
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Reduz a pressão exercida sobre as articulações, pois atenua o efeito da gravidade;
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Facilita o retorno venoso devido à pressão hidrostática;
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Minimiza a fricção da pele e risco de feridas;
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Facilita o treino aeróbio;
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Cria condições para o treino de força devido à resistência constante;
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Promove um efeito relaxante e sensação de bem-estar.
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Referências: Revista Portugal Activo nº8