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Exercício físico e fibromialgia – uma abordagem obrigatória.

A fibromialgia é uma síndrome crónica caracterizada por queixas dolorosas neuromusculares difusas e pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas.

Outras manifestações que acompanham também as dores são a fadiga, as perturbações do sono e os distúrbios emocionais. Alguns doentes queixam-se de perturbações gastrointestinais.

Esta doença afeta homens, mulheres e crianças de todas as idades, etnias, estatutos. Estima-se que afete, mundialmente, cerca de 2% a 5% da população adulta, dependendo dos países, em que 80% a 90% são mulheres entre os 20 e os 50 anos e a incidência aumenta progressivamente com a idade. Pode ser diagnosticada mais frequentemente na idade adulta, mas também pode aparecer em idosos ou em crianças e adolescentes.

Em Portugal, segundo um estudo da EpiReuma, estima-se que afete 1,7% da população, com predomínio nas mulheres acima dos 40 anos, sendo que outro estudo estima uma prevalência de 3,6% de casos de fibromialgia. Existem ainda muitos casos que não estão diagnosticados, sendo que muitos doentes vivem com indeterminação de diagnóstico durante muito tempo.

A maioria dos doentes com fibromialgia apresenta-se com má forma física. Por isso, os músculos para desempenharem uma determinada tarefa consomem mais energia o que contribui para aumentar a fadiga.

O músculo, como qualquer outro ’órgão’ vivo, quando não é utilizado sofre um progressivo declínio de função. As dores e a fadiga levam a que muitos doentes se coíbam a fazer determinados movimentos que exacerbem a dor e o cansaço, tornando-se assim inativos.

Contudo, esta não é a melhor opção, visto estar provado que determinado tipo de exercício, adaptado à capacidade do doente, pode ser a melhor solução a médio e longo prazo.

A prática regular de exercício deve fazer parte do estilo de vida habitual do doente e não deve ser considerada apenas como uma medida terapêutica transitória.

Os exercícios físicos na fibromialgia, além de melhorarem a capacidade cardiorrespiratória, atuam sobre o sistema músculo esquelético desenvolvendo a resistência muscular localizada, aumentando a força e favorecendo a mobilidade de grupos musculares que normalmente se encontram em contração prolongada fazendo a pessoa sentir-se melhor e mais saudável.

O limite do que deve ser feito é determinado em conjunto pelo doente e o técnico que o acompanha e deve ter em conta: a idade, a presença de doenças concomitantes e limitações do sistema locomotor que podem ser agravadas com alguns exercícios.

Em função destas restrições e objetivos, os exercícios físicos que se apresentam como as melhores opções para pessoas portadoras desta patologia são:

  • Caminhadas (seja na passadeira estática, seja outdoor)
  • Hidroterapia
  • Hidroginástica
  • Prescrição individualizada de exercício aeróbico de baixo impacto
  • Pilates
  • Body Balance

 

De acordo com alguns estudos, os exercícios devem ser praticados no período da manhã, mas os cuidados com a postura devem ser aplicados durante todo o dia, no sentido de prevenir possíveis sobrecargas e esforços repetitivos.

Constata-se ainda, que a prática de exercício físico aumenta a autoestima, o bem- estar físico, diminui o tecido adiposo, melhora o humor, promove uma postura mental mais positiva e predispõe para atividades antes evitadas tornando os doentes mais ativos e pode inclusive, nalguns casos, contribuir para reduzir a medicação.

Em conclusão, melhora a qualidade de vida e socialização do doente.

O AXIS WELLNESS disponibiliza serviços de Exercício Clínico como coadjuvante terapêutico a pessoas portadoras de fibromialgia. Saiba mais sobre a área de exercício clínico do AXIS WELLNESS clicando aqui ou através dos nºs 258 847 555 (Viana do Castelo) ou 258 938 554 (Ponte de Lima).

Fonte: Myos — Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica 

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